Foi a semana de: “eu estou aqui…”!
Pessoas, instituições e todos os meios de comunicação social cruzaram
os dias desta semana com uma frase que apenas se intui. Não se ouve.
Poucos descobriram as parcas palavras ditas em ambiente
de delírios. Apenas o gesto, repetido. O suficiente para ser a “marca”
do marcador. Não apenas de um golo. Mas do que ele representa no
supermediatizado meio do futebol.
Cristiano Ronaldo disse “eu estou
aqui” e Portugal inteiro, meio mundo bateu palmas… E bem, muito bem! Mas
não é o único a dizer: “eu estou aqui”. Há muitos mais, sem palmas, sem
o “circo” mediático, mas com o mesmo valor e a mesma relevância para a
História de um povo, para Portugal.
Muitos portugueses e cidadãos de todo o mundo olharam para as Filipinas, viram a fome de um povo e a devastação de uma região quiseram ajudar e disseram: “eu estou aqui!”
Muitos portugueses e cidadãos de todo o mundo olharam para as Filipinas, viram a fome de um povo e a devastação de uma região quiseram ajudar e disseram: “eu estou aqui!”
Respeito pelos mais velhos, dignidade de vida dos pescadores, rejeição
da eutanásia, louvor a quem vive com esperança e na contemplação o
“amanhã de Deus” são algumas das muitas mensagens do Papa Francisco ao
longo destes dias que em todas as circunstâncias diz: “eu estou aqui!”
Malala Yousafzai, com 16 anos, não se calou no momento em que era necessário lutar pela defesa dos direitos humanos no Paquistão e recebeu esta semana o prémio “Sakharov” atribuído pelo Parlamento Europeu onde disse: “eu estou aqui!”
Malala Yousafzai, com 16 anos, não se calou no momento em que era necessário lutar pela defesa dos direitos humanos no Paquistão e recebeu esta semana o prémio “Sakharov” atribuído pelo Parlamento Europeu onde disse: “eu estou aqui!”
A Conferência Episcopal Portuguesa publicou
um documento onde escreve que o trabalho é para oferecer à pessoa
dignidade e a todos o bem comum e não apenas para gerar lucro, afirmando
assim: "eu estou aqui!"
A Cáritas, ao procurar novas estratégias
para conseguir responder a quem precisa de ajuda, mobilizar voluntários e
qualificar o trabalho que desenvolvem em muitos recantos, nestas e em
todas as ocasiões diz: "eu estou aqui!"
Muitos portugueses,
participando no debate público, na construção da democracia, lutam pelos
direitos laborais, por melhores condições de vida, com o recurso à
greve a partir de convicções pessoais ou pela sugestão de mecanismos
sindicais, dizem “eu estou aqui!”
Nos próximos dias, muitos cidadãos irão, por certo, colaborar em mais uma campanha do Banco Alimentar contra a fome... outra oportunidade de dizer: “eu estou aqui!”
É importante, é histórico dizer, dizermos: "eu estou aqui!"
Nos próximos dias, muitos cidadãos irão, por certo, colaborar em mais uma campanha do Banco Alimentar contra a fome... outra oportunidade de dizer: “eu estou aqui!”
É importante, é histórico dizer, dizermos: "eu estou aqui!"
Todos... Também Ronaldo, claro!
* in Semanário Ecclesia, nº43 21 novembro de 2013
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